terça-feira, 18 de novembro de 2014

FLOGÍSTICO

                                              


                                                        FLOGÍSTICO



 Flogístico era o nome usado no século XVIII para uma suposta substância que surgia durante os processos de combustão. A teoria do flogístico foi desenvolvida nos primeiros anos da década de 1700 pelo químico e físico alemão Georg Ernst Stahl (1660-1734). Essencialmente Stahl assumiu que materiais combustíveis, como carvão ou madeira, eram ricos em "flogístico". Durante a combustão haveria uma liberação desta substância invisível que é o flogístico. Após a combustão, o que sobrava não continha mais flogístico e, portanto, não poderia mais queimar. A oxidação dos metais também envolvia a transferência de flogístico. Por acaso, a fundição dos metais era consistente com a teoria do flogístico. Carvão vegetal também perde peso com a combustão, o que reforçava a teoria de Stahl.
 Mas o químico francês Lavoisier (1743-1794) demonstrou que o ganho de peso quando um metal se oxidava, em um recipiente fechado, era equivalente à perda de peso de ar preso no vaso. Lavoisier demonstrou também que a presença de oxigênio era imprescindível na combustão, e que nenhum material queimava na ausência de oxigênio. Assim, abandonou-se a teoria do flogístico, que na verdade não existe, e em seu lugar ficou a descoberta de que a combustão é apenas uma reação com o oxigênio, prescindindo da existência de qualquer substância como o flogístico.
 

 
Durante muito tempo o mistério da origem do fogo foi objeto de especulação filosófica. Várias teorias surgiram para explicar o que ocorre com os materiais no momento em que entram em combustão. Uma delas foi desenvolvida pelo  químico alemão Georg Ernst Stahl (1660-1734). Ao ler um livro de Johann Joachim Becher (1635-1682), publicado em Viena, em 1667, com o título “Physica subterranea”,algo lhe chamou a atenção. Neste livro, Becher apresentou sua própria teoria dos elementos. Segundo ele todas as substâncias eram compostas de três tipos de terras. Uma delas era a terra pinguis (literalmente, “terra gorda”), que dava à substância qualidades oleosas e a propriedade de ser combustível. Ou seja, para exemplificar, pense em uma madeira que é queimada. No inicio ela era composta de cinzas e terra pinguis, no final da combustão ela liberava a terra e permaneciam apenas as cinzas.
Ao ler este livro, Stahl, deu à terra pinguis um novo nome: “flogístico”; de origem grega “phlogios”, que significa “ígneo”. Então, ele criou uma nova teoria: a “teoria do flogístico”;  e segundo ela os materiais combustíveis, como papel, madeira, enxofre, carvão e óleos vegetais, possuíam um princípio comum inflamável presente apenas nos materiais combustíveis. Se algum material não queimasse, é porque não teria flogístico em sua composição.
Esta teoria permaneceu satisfatória por muito tempo porque explicava vários dos maiores mistérios das transformações dos materiais. Além de explicar fenômenos envolvendo a combustão, englobava também os referentes à oxidação. Vejamos dois deles:
* Sem ar a combustão não ocorre- Segundo Stahl, o flogístico precisa sair para o ar durante a combustão. Mas, certa quantidade de ar só encerra uma parte de flogístico; assim, se retirássemos o ar do sistema a combustão cessaria porque o flogístico não teria para onde ir. Exemplo: se  colocarmos um copo sobre uma vela acesa, ela apagará. Além disso, ele indicou o ar como imprescindível na combustão porque seria ele que transportaria o flogístico de um corpo para outro.
* Os metais aumentam sua massa depois da queima, de sua corrosão ou enferrujamento, isto é, sua oxidação – O flogístico era repelido pela terra, assim quanto mais flogístico um material possuísse, mais leve ele seria. Por isso, ao sofrer combustão o metal ficava mais pesado. Outro ponto que apoiava sua ideia era o fato de o óxido ter maior massa que o metal; desse modo, ele concluiu que o metal possuía mais flogístico que o óxido.

No entanto, esta teoria foi abandonada, pois alguns fatores entraram em contradição coma sua explicação. Por exemplo, o papel ficava com menor massa depois que era queimado, ao contrário do metal. Um ponto culminante para a queda desta teoria foi o fato de que no século XVIII, Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794) descobrir, por meio de inúmeras experiências bem elaboradas e controladas, a importância de um elemento químico no processo da combustão. Este elemento era o oxigênio (O). Foi desse modo que a teoria do flogístico foi abandonada.
 



                                         REFERÊNCIA










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